Posso plantar na terra? Pode só se a orquídea for terrestre — caso da orquídea-bambu (Arundina bambusifolia, que aparece na foto acima). O problema é que a maioria das orquídeas não cresce naturalmente no solo e, sim, sobre árvores, são as chamadas orquídeas epífitas. Para imitar o tronco de uma árvore, que é bem arejado, a gente usa substrato, uma mistura de vários materiais.
Ele pode ser feito com um ou vários destes materiais: pedacinhos de carvão, casca de coco, fibra de coco, cavaco de madeira, casca de pinus, sem falar nos ingredientes regionais, como semente de açaí, sabugo de milho e semente de babaçu. Substrato para orquídeas é encontrado com esse nome em qualquer boa floricultura.
Elas não são as mais cultivadas pelos colecionadores, mas encantam tanto quanto qualquer outra espécie de flor. Chamadas de orquídeas terrestres, variedades como Arundina bambusifolia, Bletia catenulata e Epidendrum cinnabarinum podem ser cultivadas como plantas comuns e dar um toque especial ao jardim.
Para isso, no entanto, suas principais características precisam ser respeitadas e alguns cuidados especiais de cultivo seguidos à risca. Confira abaixo.
Plantio – caracterizadas por se desenvolverem diretamente no solo, elas devem ser plantadas no chão de canteiros preparados com muito composto de folhas e elementos que facilitem a drenagem da água, como areia, fibra de coco e casca de pínus. Além disso, por terem, em sua maioria, caules longos e folhas grandes, precisam de bastante espaço para florescer.
Exposição ao sol – apesar de até se adaptarem bem em diversos climas, as orquídeas terrestres gostam mesmo é de locais ensolarados para crescer. Por isso, avalie com atenção a luminosidade do local em que deseja cultivá-la para não comprometer sua vida útil.
Irrigação – fã de umidade, esse tipo de orquídea deve receber regas com regularidade – realizadas de duas a três vezes na semana -, principalmente na sua fase de desenvolvimento.
Nutrição – na natureza, as orquídeas absorvem os nutrientes que escorrem pelo caule das árvores sobre os quais se apoiam, mas quando cultivadas em casa, sua fonte de energia deve vir da adubação, que melhora a estrutura e qualidade do solo em que a espécie está plantada, fornecendo todos os nutrientes necessários para o seu pleno crescimento.
ARUNDINA BAMBUSIFOLIA (ORQUÍDEA BAMBU)
Espécie terrestre de porte alto, com caules eretos e delgados de até 2,5m de altura. Folhas de 20 cm de comprimento, escapos florais que surgem no ápice dos caules, com duas ou três flores, que se abrem uma após a outra.
As flores duram poucos dias e florescem o ano todo, podendo ser cultivada em pleno sol.
Podem propagar brotos aéreos, que saem das extremidade dos pseudobulbos.
Procede da Indonésia, Java, Malásia, Tailândia e Nepal.
Conhecida como orquídea bambu. É a mais popular e mais comum aqui no Brasil e é bastante usada em paisagismo.
A tribo Polychondreae tem políneas de consistência granulosa facilmente divisíveis, e possuem 23 subtribos (poucas espécies ornamentais, entre elas as Cleites, as Vanillas e às Sobralias). A maioria das orquídeas destas subtribos é de ervas terrestres, raramente epífitas e não possuem pseudobulbos, nem folhas carnosas.
PHAIUS TANKERVILLEAE
Nome Técnico:
Phaius tankervilleae (Banks ex L’Heritage) Blume
Syn.: Phaius grandiflorus Lour
Nomes Populares :
freirinha, capuz-de-freira
Família :
Família Orchidaceae
Origem:
Originária da Índia, Sri Lanka e Malásia
Descrição:
Pequena orquídea com sépalas e pétalas cor de chocolate com estrias mais claras e labelo branco com manchas em púrpura e o fundo creme.
As flores se apresentam em grande números, cerca de 25 em inflorescência longa, até quase 1,0 m, tipo espiga ereta.
Suas folhas são grandes frisadas e de consistência mais fina que o comum das orquídeas.
Seu crescimento é do tipo monopodial. Florescimento na primavera.
Modo de Cultivo :
Em seu local de origem é encontrada nas matas, no chão, crescendo sobre composto natural de folhas mortas em locais mais úmidos, porém com grande luminosidade, até sol direto.
Seu cultivo em vasos é feito com sucesso.
É preciso um vaso grande de boca larga (não é preciso profundidade muito grande).
O substrato de cultivo deve ter boa drenagem, feito de composto foliares e casca de coco em pedaços grandes.
Também pode ser cultivada no chão em canteiros, onde a cova de plantio é feita com bastante elementos drenantes, como fibra de coco, casca de pínus, deixados de molho na água por alguns dias para limpeza dos elementos fitotóxicos que poderiam prejudicar a planta.
Coloque composto orgânico de folhas e plantar sem apertar muito no solo.
Tende a formar grande touceira, que pode ser assim dividida para novas mudas.
Esta operação é feita após a floração com a planta ainda em desenvolvimento. Manter o substrato úmido.
A adubação deve ser feita no final do outono para preparar a planta para a nova floração.
Use adubo NPK formulação 4-14-8, 1 colher de sopa para 2 litros de água (colocar num garrafa PET de refrigerante e sacudir bem).
Após a floração poderá adubar novamente.
Uma dica que atravessa o tempo e era usada pelos antigos cultivadores de orquídeas:
Coloque adubo curtido de galinha num balde de água,deixar por uns 3 dias, coe e regue o substrato das mudas.
Isto adiciona matéria orgânica e seus elementos de micronutrientes necessários a estas plantas oriundas de lugares onde o seu alimento é um adubo natural proveniente dos excrementos de animais e pássaros selvagens, aliados com as folhas mortas que caem das árvores.
Paisagismo:
Cultivada em vasos ou canteiros, com sua floração exuberante é um excelente foco paisagístico para qualquer jardim.
Após a floração mantém suas belas folhas frisadas então não necessita ser retirada do local.
CORYMBORCHIS FLAVA
Espécie terrestre semelhante a uma palmeira, suas folhas laterais são largas e plissadas. As flores surgem nas axilas das bainhas foliares, portam de 3 a 5 flores. Possuem pétalas e sépalas amarelas, labelo trilobado branco e raízes fortes.
Vegetam nas matas ciliares. É encontrado no Rio de Janeiro até o Rio Grande do Sul e Paraguai.
SOBRALIA LILIASTRUM
Espécie terrestre originária da América Central onde formam bastante touceiras, são espécies de tamanho grande e similares às cattleyas. Seus troncos atingem 1 metro de altura e são pouco folhadas. As flores abrem uma após a outra, são branco leitosa e labelo amarelo com 10 cm de diâmetro. Floresce no verão, deve ser cultivada a pleno sol.
Deve-se plantar em buracos profundos para que suas raízes tenham espaços. Não se deve regar durante o inverno.
Segundo o orquidófilo Hugo Albuquerque de João Pessoa, a Sobralia liliastrum já a encontrou na Chapada Diamantina-Ba e em Pernambuco, em locais serranos e sua área de disseminação é bem ampla em outras regiões do País. Por sorte não é uma planta muito coletada por não ter apelo comercial, talvez por não ser facilmente encontrada, vai sobreviver nos parques estaduais e federais com certa facilidade. Gosta de locais altos e de solo pedregoso, concluí o orquidófilo.
A Orchis canariensis, é uma orquídea pequena que se encontra em grande quantidade nas ilhas Canárias, alguns a consideram a mais formosa do lugar. Caracteriza-se por ser terrestre e conta com raizes tuberosas que se encontram embaixo da terra de onde saem suas folhas e talos de flores.
Suas flores nascem de fevereiro até março, é bonita por suas espigas com flores pequenas de cor rosa com manchinhas pequenas.
Orchis mascula
A Orchis máscula, é um tipo de orquidea que cresce na ilha de La Palma, a mesma se distribue naturalmente em várias regies mediterrâneas como na Ásia e Europa central.
Esta planta começa sua floração em março e termina em junho, sendo a cor de suas flores variadas as mesmas e púrpura em distintos tons.
A Epidendrum denticulatum, é uma orquídea terrestre nativa do Brasil, encontrada desde o Espírito Santo até o Rio Grande do Sul. Seu labelo apresenta-se levemente franjado, lembrando dentes, por isso o nome denticulatum.
Possui flores lilases ou laranja, surgindo de uma haste, e duram muitos meses. Podia ser observada em seu ambiente natural, em Itapoá, Santa Catarina, quando na época, a uns 10 anos atrás ainda via-se muitas delas nos terrenos baldios. Infelizmente a expansão imobiliária reduziu substancialmente sua área e hoje já não existem mais.
A adubação deve ser feita uma vez por semana com NPK 20-20-20 e um pouco de adubo orgânico (torta de mamona, farinha de osso ou húmus de minhoca) a cada dois meses.
A tribo Polychondreae tem políneas de consistência granulosa facilmente divisíveis, e possuem 23 subtribos (poucas espécies ornamentais, entre elas as Cleites, as Vanillas e às Sobrálias). A maioria das orquídeas destas subtribos é de ervas terrestres, raramente epífitas e não possuem pseudobulbos, nem folhas carnosas.