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Como cuidar da Minha Orquídea sem NUNCA ter tido nenhum experiência

O cultivo de orquídeas para iniciantes é aparentemente bastante complicado. Por outro lado mostra-se bem simples, porém muito trabalhoso quando o número de plantas aumenta rapidamente, e quanto maior o número de plantas, maiores cuidados e atenção deverão ser dispensados a cada uma delas.

O principal fator para um bom resultado no cultivo das orquídeas é o local onde estarão sendo cultivadas. O correto é tentar reproduzir o meio onde elas vivem originariamente, contudo, devido à grande quantidade de diferentes espécies cultivadas em um mesmo local, faz-se necessário a criação de um ambiente favorável a todas estas diferentes espécies, ou mesmo, quando em orquidários maiores, a criação de alguns diferentes micro climas dentro deste mesmo orquidário.

Para o sucesso no cultivo das orquídeas, outros cuidados básicos deverão ser tomados.

LUMINOSIDADE

A luminosidade é um dos mais importantes fatores para o sucesso no cultivo das orquídeas.

Diversas vezes nos questionam: “Porque minha orquídea não dá flor?” Certamente o principal fator para as orquídeas não florescerem é a falta de luminosidade. Independente do gênero ou espécie, as orquídeas necessitam de luminosidade direta para florescerem.

A falta de luminosidade não é benéfica para as orquídeas, e faz com que elas formem bulbos mais alongados e frágeis, folhas mais compridas, menos vigorosas e com colorido verde bem escuro. Porém, o principal problema causado pela falta de luminosidade é a ausência de floração.

O excesso de luminosidade ou a luminosidade direta também pode ser bastante prejudicial para as orquídeas, pois causa graves queimaduras na maioria das espécies, principalmente as de folhas mais finas e frágeis, podendo muitas vezes levar a morte. O excesso de luminosidade deixa os bulbos mais compactos e com colorido verde amarelado, e apesar das plantas florescerem quando expostas a luminosidade excessiva, devido a todos os outros problemas causados por esse excesso, certamente as plantas não proporcionarão boas florações.

Em sua maioria, as orquídeas não toleram luminosidade direta sem algum tipo de filtro ou proteção, e para manter esse equilíbrio faz-se necessário o cultivo das orquídeas em local que tenha luminosidade direta, porém filtrada. A melhor e mais correta opção é a construção de um orquidário com a tela de sombrite com pelo menos 50% de sombreamento, pois assim as plantas receberão luminosidade na medida correta.

VENTILAÇÃO

Quanto mais aerado for o local de cultivo, melhor será o desenvolvimento das plantas, principalmente porque a ventilação faz com que o substrato seque rapidamente, diminuindo assim o tempo entre uma rega e outra.

Quanto mais aerado for o local de cultivo, melhor será o desenvolvimento das plantas, principalmente porque a ventilação faz com que o substrato seque rapidamente, diminuindo assim o tempo entre uma rega e outra. O espaço bem aerado também é de extrema importância para o controle de pragas e doenças, pois principalmente os fungos, aproveitam os locais mais quentes e úmidos para se instalarem nas plantas. O mesmo acontece com algumas pragas como as colchonilhas e os pulgões.

A ventilação também auxilia no controle da temperatura, deixando assim o local adequado para o cultivo das orquídeas.

Sugerimos para leitura:
Manual Completo de Como Cuidar de Orquídeas

REGAS

A água é essencial para as orquídeas, mas ao contrário que muitos imaginam, as orquídeas não necessitam de vegetar em substrato encharcado ou mesmo estar em contato direto com a água, necessitando das regas apenas para sua subsistência.

A água é essencial para as orquídeas, mas ao contrário que muitos imaginam, as orquídeas não necessitam de vegetar em substrato encharcado ou mesmo estar em contato direto com a água, necessitando das regas apenas para sua subsistência. As regas estão diretamente ligadas ao substrato utilizado e à umidade ambiente, e deverão ser feitas apenas quando o substrato estiver praticamente seco.

Substratos menos absorventes como as cascas de madeira, necessitam de regas diárias, principalmente em locais com baixa umidade do ar. Já os substratos que absorvem maior quantidade de água como a fibra de xaxim, sphagnum (musgo) e alguns outros, consequentemente permanecem molhados por um tempo maior e com isso, faz-se necessário um espaço maior entre as regas, sempre observando o estado do substrato.

Vale lembrar que as regas deverão ser feitas preferencialmente no período da noite, pois além deixar e manter as plantas molhadas por um tempo maior, já que a umidade do ar a noite é mais elevada, é nesse período que as plantas abrem os estômatos e consequentemente absorvem maior quantidade de água e nutrientes.

Outro detalhe muito importante que devemos observar com bastante rigor quando falamos em regas é o pH da água. O pH indica o potencial de hidrogênio, ou seja, se a solução é ácida ou alcalina. Para as orquídeas o ideal é que a água esteja entre 5,5 a 6,5, em uma escala que vai de 0 a 14, onde o número 0 é usado para indicar uma solução totalmente ácida e 14 totalmente alcalina.

Uma dos mais conhecidos mitos sobre as orquídeas afirma que as orquídeas precisam ficar sem água por um determinado período para florescerem mais belas. A provável origem desse enunciado pode estar na observação da degradação das orquídeas após o excesso de irrigação.

Assim como na adubação, as regas precisam obedecer o bom senso e o equilíbrio que as orquídeas necessitam para sobreviver. Para saber se a flor precisa de água, coloque os dedos nas raízes e observe a umidade; se ainda houver algum resquício molhado, espere até que toda a água seja absorvida.

Não é preciso deixar a orquídea”morrer de sede”; basta que perceba-se uma certa aridez para que se regue a planta. Evite o uso de pratinhos sob os vasos, regue com abundância quando for o momento e escolha sempre o início da manhã ou o final da tarde para efetuar a rega.

ADUBAÇÃO

A adubação é um assunto extremamente complexo, pois além da enorme quantidade de produtos orgânicos e químicos oferecidos no mercado, cada orquidófilo faz e mantém a sua de acordo com os resultados obtidos através da observação das próprias plantas.

No geral, um tipo de adubação simples e com ótimos resultados seria a aplicação semanal de produtos químicos a base de NPK (Nitrogênio – Fósforo – Potássio), na dosagem de cada um dos fabricantes, alternando as formulações a cada semana. Vale lembrar que as aplicações devem ser feitas preferencialmente no mesmo dia da semana e durante a noite, para que haja maior absorção dos nutrientes.

O uso de adubos orgânicos auxilia e complementa bastante a adubação química, porém os adubos orgânicos são elaborados através de produtos de rápida decomposição como a farinha de osso, torta de mamona, cinza de carvão vegetal e alguns outros, e por isso devemos dar um espaço maior entre as aplicações deste tipo de produto, para que não tenhamos o aparecimento e o desenvolvimento de alguns tipos de fungos que aproveitam destes meios para se instalarem nas plantas.

O pH também deverá ser rigorosamente observado no momento da adubação, levando em consideração que a acidez ou alcalinidade excessiva da água no momento da adubação poderá causar a falta de condutividade de alguns nutrientes essenciais para uma perfeita vegetação das plantas, ou mesmo a toxidade pelo excesso de outros nutrientes.

As orquídeas não precisam de grande aporte de adubo. Aliás, excesso de adubo geralmente é mais prejudicial à flor do que a falta. Como dito anteriormente, as raízes das orquídeas foram feitas para receber uma pequena porém constante quantidade de nutrientes.

O ideal é usar adubos orgânicos misturados a substratos inertes. Não coloque o adubo perto do bulbo pois isso irá queimá-lo.

Criadores de orquídeas profissionais usam um substrato chamado bokashi, que une farelos de arroz e trigo com nutrientes como torta de mamona e farinha de osso; essa mistura é dissolvida aos poucos em cada rega, o que proporciona nutrição balanceada às orquídeas.

Os reforços de bokashi podem ser feitos de três em três meses, com o auxílio da adubação foliar.

Sugerimos para leitura:
Manual Completo de Como Cuidar de Orquídeas

LOCAL DO PLANTIO

Prefira sempre vasos de barro, pois a porosidade evita o acúmulo de água e a eventual proliferação de fungos.

Quando a orquídea estiver com as flores já encostando no vaso, é hora de transplantá-lo para outro maior. Atenção ao fazer a troca: orquídeas tem “frente e fundos”; o local onde os brotos nascem é a frente, e a parte de trás precisa ficar encostada no vaso para melhor fixação.

Preencha com o substrato de sua preferência – ou troque-o pelo bokashi.

CUIDADOS COM PRAGAS E FUNGOS

A orquídea não se deixa abater com qualquer doença, e a ajuda do proprietário é de vital importância para que pragas que possam interferir no bem estar da flor. O uso de ingredientes naturais para a eliminação de vetores patogênicos é especialmente recomendado. Leia nosso artigo sobre Pragas e Doenças em Orquídeas.

– Para eliminar manchas nas folhas, use uma solução feita com água e fumo de corda. Ferva os dois até que a mistura torne-se concentrada; dilua a concentração em água e borrife sobre as folhas.

– Os pulgões podem ser removidos borrifando uma mistura de água e detergente neels.

– Já as cochonilhas precisam de sua ação direta: deposite a parte contaminada sobre água corrente e esfregue a infestação com uma escova macia.

– Quando houver necessidade de podas, dois cuidados são fundamentais: a tesoura de poda deve ser esterilizada com fogo antes do uso, na boca do fogão ou em um maçarico; e ao retirar folhas e galhos, passe canela em pó no local para cicatrizar.

MAIS dicas importantes!

Cuidar de uma orquídea pela primeira vez pode parecer desafiador, especialmente se você nunca teve experiência com plantas. Mas não se preocupe, eu estou aqui para te guiar passo a passo.

A primeira coisa que você precisa saber é que as orquídeas, embora pareçam exóticas e delicadas, podem ser mais resistentes do que você imagina, contanto que você entenda algumas necessidades básicas delas. O que diferencia as orquídeas das plantas comuns é o ambiente em que elas se desenvolvem. Muitas são epífitas, ou seja, crescem em troncos de árvores, o que significa que suas raízes gostam de estar expostas ao ar e não afogadas em água. Isso já nos dá a primeira lição importante: não exagere na rega. Um dos erros mais comuns de iniciantes é molhar demais a planta, e isso pode apodrecer as raízes. O ideal é deixar que o substrato seque levemente entre uma rega e outra.

Outra dica essencial para cuidar bem da sua orquídea é sobre a luminosidade. As orquídeas não gostam de sol direto. Embora elas precisem de bastante luz para crescer e florescer, a exposição direta ao sol pode queimar suas folhas. Então, procure um local com luz indireta, como próximo a uma janela com cortina ou em uma varanda coberta. Um jeito fácil de verificar se sua orquídea está recebendo a quantidade certa de luz é observando as folhas: se elas estiverem muito escuras, significa que a planta está recebendo pouca luz; se estiverem muito claras ou amareladas, pode ser excesso. A luz correta é um fator crucial para que ela floresça, então vale a pena prestar bastante atenção a esse detalhe.

Além da luz, a ventilação também é um fator importante para a saúde da sua orquídea. As raízes dessas plantas adoram o ar e precisam respirar. Se você mantiver sua orquídea em um lugar abafado e sem circulação de ar, as chances de problemas como fungos e apodrecimento aumentam. Então, escolha um local arejado, mas evite correntes de ar fortes e frias. Se possível, cultive sua orquídea em vasos de barro ou cachepôs com furos, pois eles facilitam a ventilação e a drenagem da água, evitando que as raízes fiquem encharcadas por muito tempo. O segredo está no equilíbrio: ventilação sem excesso de umidade.

Agora vamos falar sobre a rega, que é um dos pontos que mais geram dúvidas. Como mencionei antes, o maior erro é regar demais. O ideal é regar a orquídea apenas quando o substrato estiver seco ao toque. Para saber o momento certo, coloque o dedo no substrato – se ainda estiver úmido, espere mais um dia. Regar de manhã cedo é a melhor opção, porque a planta tem o dia todo para secar antes da noite, quando as temperaturas caem. Lembre-se de que, em dias mais quentes, a planta vai precisar de mais água, e em dias frios, menos. Um bom truque é usar um borrifador para manter a umidade sem encharcar o vaso.

Outro aspecto fundamental no cuidado com as orquídeas é o substrato que você usa no vaso. Diferente de muitas plantas, as orquídeas não gostam de terra comum. Elas preferem substratos mais leves e porosos, como casca de pinus, carvão vegetal, fibra de coco ou musgo sphagnum. Esses materiais permitem que as raízes respirem e ajudam a drenar a água rapidamente, evitando que elas fiquem encharcadas por muito tempo. Se o substrato começar a se decompor ou compactar, é hora de trocar. Uma boa dica é fazer isso a cada dois anos para garantir que a planta tenha sempre um ambiente arejado e saudável para suas raízes.

Além de rega, luz e substrato, a adubação é um cuidado importante, mas que muitos iniciantes deixam de lado. As orquídeas precisam de nutrientes para crescerem fortes e saudáveis, e como o substrato que elas usam não oferece muitos nutrientes, é necessário adubar de vez em quando. Para simplificar, procure um adubo específico para orquídeas, que você pode encontrar em lojas de jardinagem. Siga sempre as instruções da embalagem, pois adubo em excesso pode prejudicar a planta. O ideal é adubar a cada 15 dias durante a fase de crescimento (geralmente na primavera e no verão) e reduzir a adubação no período de repouso, que costuma ser no outono e inverno.

Por fim, um ponto que muitos ignoram é o repouso das orquídeas. Isso acontece, principalmente, após a floração, quando a planta entra em um período de descanso. Durante essa fase, ela não cresce tanto e precisa de menos água e adubo. Isso não significa que sua orquídea está morrendo – pelo contrário! Esse é um momento crucial para que ela recupere suas energias e se prepare para uma nova floração. Respeitar esse ciclo é fundamental para que ela continue saudável. Então, quando sua orquídea parar de florescer, reduza a frequência das regas e da adubação, e aguarde pacientemente. Em breve, ela voltará a te surpreender com novas flores!

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