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As nove maiores dúvidas (e respostas) sobre orquídeas

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Tudo o que você queria saber sobre as orquídeas, muito bem explicadinho: onde plantar, quanto regar, o vaso ideal.. E muito mais , para você Amador ou Expert no assunto de Oquídeas!

Por que não devo colocar prato embaixo?

Tudo bem que você goste de água, mas como se sentiria se tivesse de usar meias e sapatos encharcados? Além do desconforto, a umidade atrairia frieira, certo? Pois acontece exatamente a mesma coisa com as plantas (bem, menos para as aquáticas…).

Mesmo as que gostam muito de água dificilmente curtem ficar com as raízes constantemente molhadas. Nas orquídeas, a umidade é bem vinda, mas, em excesso atrai fungos e bactérias que podem ir minando a planta de tal forma que ela acaba morrendo. Evite o problema simplesmente plantando em vaso de barro com furos e deixando o substrato secar ligeiramente entre uma rega e outra.

Posso plantar na terra?

Pode só se a orquídea for terrestre — caso da orquídea-bambu (Arundina bambusifolia, que aparece na foto acima). O problema é que a maioria das orquídeas não cresce naturalmente no solo e, sim, sobre árvores, são as chamadas orquídeas epífitas.

Para imitar o tronco de uma árvore, que é bem arejado, a gente usa substrato, uma mistura de vários materiais. Ele pode ser feito com um ou vários destes materiais: pedacinhos de carvão, casca de coco, fibra de coco, cavaco de madeira, casca de pinus, sem falar nos ingredientes regionais, como semente de açaí, sabugo de milho e semente de babaçu. Substrato para orquídeas é encontrado com esse nome em qualquer boa floricultura.

Qual é o vaso certo para ela?

Ela costuma ser vendida em vaso plástico furado no fundo, mas, se puder, transfira para um de barro com muitos furos laterais. Esses vasos têm dupla função: ajudam a escoar o excesso de água das regas e mantêm as raízes arejadas. Além disso, não esquentam tanto como os vasos plásticos pretos.

Há uma porção de formatos e tamanhos — alguns parecem funis, ideais para orquídeas pequenas que apreciam alta umidade, já que o funil fica cheio de água e a planta, amarrada do lado de fora. Há também vasos em forma de meia lua, para serem fixados na parede. Se tiver pouco espaço, você pode usar vasos de morango para cultivar várias orquídeas num só recipiente, como eu mostro neste vídeo.

Preciso só dar água e mais nada?

Teoricamente, sim, já que o oxigênio e os nutrientes mais elementares a planta pode retirar sozinha do ambiente. No entanto, estamos falado de orquídeas cultivadas em vaso, limitadas aos nutrientes do substrato, que logo se esgotam.

Por isso, elas precisam repor os elementos mais importantes: nitrogênio (N), fósforo (P), potássio (K), cálcio (Ca), magnésio (Mg) e enxofre (S). Os adubos químicos são formulados para repor os três primeiros nutrientes, daí a formulação se chamar NPK. Se você borrifar sua orquídea uma vez por mês com adubo NPK 20-20-20, ela pegará menos doenças e dará flores maiores e mais bonitas. Com um pouco de prática você descobrirá como usar adubos com formulações menos equilibradas ou com adição de outros elementos químicos.

Toda orquídea deve ser amarrada em árvore?

Não. Esse suporte funciona melhor nas espécies epífitas, descritas anteriormente. Essas plantas naturalmente vivem sobre os galhos das árvores e gostam de deixar as raízes (ou parte delas) expostas. Esse é o caso da Vanda, da Phalaenopsis (na foto acima) e do Oncidium, só para citar alguns dos exemplos mais conhecidos. Já espécies exigentes a altas taxas de umidade nem sempre gostam de ficar sobre árvores.

É o que acontece, por exemplo, com o Paphiopedilum e o Phragmipedium, ambos conhecidos popularmente por “sapatinhos”. Deixe esses no vaso, com esfagno e substrato misto, para reter a água de que eles tanto gostam.

Para quê servem aqueles nomes estranhos?

Assim como nós, as orquídeas têm nome e sobrenome. O delas é escrito em latim ou grego, para que pessoas no mundo todo possam reconhecer a mesma planta, não importa que língua falem. Essa forma de anotar os nomes científicos é adotada também para descrever outros seres vivos, de algas gigantescas a insetos microscópicos, de elefantes a amebas.

O primeiro nome representa o gênero a que determinada planta faz parte, como se fosse uma grande família cheia de integrantes. O segundo nome, da espécie, define que planta é aquela. O gênero Dendrobium, por exemplo, possui milhares de espécies, dentre as quais está o Dendrobium nobile, mais conhecido por -olho-de-boneca, que aparece nesta foto.

Quantas vezes por semana tenho de molhar?

Isso depende de muitos fatores: tamanho do vaso, tipo de substrato usado, espécie escolhida… Vasos muito fundos podem apresentar substrato seco na superfície, mas molhado perto das raízes. Substratos maciços retém mais água do que os porosos — é por isso que a gente rega menos as plantas que estão na terra do que aquelas que ficam amarradas em troncos.

Se você está em Ribeirão Preto (SP), cultivando uma orquídea que exige altas taxas de umidade, vai ter de se desdobrar pra conseguir mantê-la úmida numa cidade tão quente. Via de regra, se está calor ou ventando, regue dia sim, dia não – ambos fatores desidratam a planta. No inverno, molhe duas vezes por semana. Procure fazer as regas sempre fora do horário de pico do sol, para não “cozinhar” as raízes. Na foto, orquídeas Vanda, que precisam de bastante umidade nas raízes.

Dá flor o ano inteiro?

Não, nenhuma orquídea fica 12 meses com flor. Muitas florescem várias vezes ao ano, como acontece com a maioria das chuvas-de-ouro e com as Phalaenopsis híbridas.

Há espécies que têm flores chamadas sequenciais, que não nascem todas de uma vez: assim que uma flor morre, outra já surge para substituí-la, mantendo a planta florida por muitos meses, uma característica da Doritis pulcherrima (na foto acima), por exemplo. Também existem gêneros que têm floradas de curta duração, como acontece com as Stanhopea, cujas flores não passam de cinco dias. Mesmo assim, você terá flores o ano todo se escolher ao menos uma espécie que floresça em cada um dos meses.

Onde encontro orquídeas mais em conta?

Híbridos de Oncidium, Cattleya, Dendrobium, Cymbidium e Phalaenopsis ficaram tão populares que são vendidos até em supermercados. Em exposições de orquídeas você encontrará espécies exóticas, muitas vezes de outros países, mas a um preço maior.

Plantas premiadas podem ser compradas a preços bem amigáveis se forem mudas, o único problema é controlar a ansiedade, porque elas demoram anos para florir pela primeira vez.

Na internet estão os preços mais baixos: as plantas costumam ser enviadas sem flores, bem acondicionadas em caixas de papelão, com toda a proteção para que não se machuquem na viagem. Busque no Google um orquidário perto de você e economize no frete. Na foto, a espécie Oncidium varicosum, comumente encontrada em supermercados.

Fonte: casa.abril.com.br

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