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Qual é a árvore símbolo do Brasil? Descubra no dia da árvore

As árvores desempenham um papel fundamental na sustentação da vida no planeta, sendo mais essenciais do que muitos imaginam.

Elas são responsáveis pela produção de oxigênio através da fotossíntese, regulam a temperatura dos ecossistemas, fornecem abrigo para diversas espécies e ajudam a absorver dióxido de carbono da atmosfera, o que é crucial para a redução do aquecimento global. No Brasil, essas funções são ainda mais significativas, visto que o país abriga vastas áreas florestais, incluindo a Amazônia, a maior floresta tropical do mundo. Em comemoração ao Dia da Árvore, celebrado no dia 21 de setembro, reforça-se a importância da preservação ambiental e o reconhecimento de espécies icônicas que simbolizam a rica flora brasileira.

Entre a imensidão de espécies que compõem a vegetação brasileira, duas se destacam como símbolos nacionais. Essas árvores não apenas refletem a biodiversidade, mas também possuem um profundo valor cultural e histórico para o país. Uma delas, o pau-brasil, é reconhecida como a árvore símbolo do Brasil, enquanto o ipê-amarelo, especificamente a espécie Tabebuia vellosoi, é conhecido como a flor nacional. Ambas as espécies foram designadas oficialmente por um decreto presidencial em 1961, durante o governo de Jânio Quadros, consolidando seu lugar como representações da flora nacional.

O pau-brasil (Caesalpinia echinata ou Paubrasilia echinata) tem uma importância histórica incomparável no Brasil. Nativo da Mata Atlântica, ele era amplamente encontrado nas regiões costeiras entre o Rio de Janeiro e o Rio Grande do Norte. Durante o período colonial, o pau-brasil se tornou um recurso altamente valioso devido ao pigmento vermelho extraído de sua madeira, que era utilizado para tingir tecidos da nobreza europeia.

A exploração em massa dessa árvore contribuiu para seu quase desaparecimento. Atualmente, o pau-brasil é considerado uma espécie ameaçada de extinção, tendo entrado na lista de espécies em risco desde 2004. Sua madeira robusta e colorida, além de sua relevância na história colonial, fazem dessa árvore uma das mais representativas da flora brasileira.

O declínio do pau-brasil é resultado direto da exploração predatória que começou no período colonial e que persistiu ao longo dos séculos. Árvores dessa espécie podiam atingir alturas impressionantes de até 30 metros. No entanto, com a redução drástica de seu habitat natural, as árvores remanescentes hoje são menores, medindo entre 8 e 12 metros. Além da exploração para extração de sua madeira, a destruição da Mata Atlântica contribuiu significativamente para a redução dessa espécie. A preservação do pau-brasil é, portanto, crucial não apenas por seu valor histórico, mas também pela importância ecológica que essa espécie representa para os ecossistemas costeiros do Brasil.

O ipê-amarelo, por outro lado, ganhou o título de flor nacional devido à sua beleza singular e seu vínculo com a identidade brasileira. Suas flores amarelas brilhantes, que florescem em pleno inverno, contrastam com o cenário seco e sem folhas, anunciando a chegada da primavera. A cor amarela de suas flores, semelhante ao amarelo da bandeira do Brasil, reforçou seu status como símbolo nacional. O ipê não se limita a uma única espécie; ele faz parte de um grupo de dez espécies diferentes, com flores que podem variar de branco a rosa e lilás, mas a variedade amarela é a mais amplamente reconhecida.

A família Bignoniaceae, da qual o ipê faz parte, também inclui outras árvores conhecidas, como o jacarandá. O nome Tabebuia, que significa “pau que flutua” em tupi, é irônico, já que a madeira do ipê é, na verdade, bastante densa e pesada. Apesar de ser encontrado em diferentes biomas brasileiros, como a Mata Atlântica, Cerrado e Caatinga, o ipê é uma árvore que se adapta bem a diversas condições climáticas, o que contribui para sua popularidade tanto em ambientes urbanos quanto em áreas preservadas.

Essas árvores desempenham um papel ecológico significativo nos biomas onde são encontradas. O pau-brasil, por exemplo, ajuda a sustentar a biodiversidade da Mata Atlântica, enquanto o ipê-amarelo contribui para a manutenção dos ecossistemas do Cerrado e da Caatinga. As flores do ipê, além de sua beleza, atraem polinizadores essenciais, como abelhas e beija-flores, que desempenham um papel importante na reprodução de outras plantas. Isso reforça a necessidade de proteger essas árvores, não apenas por seu valor simbólico, mas também por sua importância ecológica.

A celebração do Dia da Árvore, especialmente no Brasil, é um lembrete da urgência de preservar e restaurar os ecossistemas ameaçados, como a Mata Atlântica. É também um convite à conscientização sobre o valor das árvores em nossa vida cotidiana, desde a purificação do ar até a regulação do clima. As árvores ícones, como o pau-brasil e o ipê-amarelo, servem como emblemas dessa luta pela preservação, representando tanto o passado quanto o futuro da biodiversidade brasileira.

É essencial que ações de preservação e reflorestamento continuem a ser incentivadas. Programas de conservação que envolvem o plantio de pau-brasil e ipês podem ajudar a recuperar áreas degradadas e reintroduzir essas árvores em seus habitats naturais. Além disso, a educação ambiental, especialmente nas escolas, pode ajudar a promover o respeito e a valorização das árvores, ensinando às novas gerações a importância de proteger essas espécies. Somente por meio de esforços coletivos será possível garantir que as futuras gerações possam continuar a desfrutar da majestade e da importância simbólica dessas árvores.

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